Levantamento da Polícia Civil mostra que Alagoas registrou 43 casos de intolerância religiosa
Segundo o órgão, desse total, 24 são de racismo religioso e 19 de injúria racial referente à religião
Um levantamento realizado pela Delegacia Especial de Crimes contra Vulneráveis, da Polícia Civil, mostrou que dos 1.337 registros feitos entre 25 de agosto de 2022 (data de inauguração) e 31 de dezembro de 2024, foram contabilizados 43 casos de intolerância religiosa em Alagoas.
Desses, 24 são de racismo religioso e 19 de injúria racial com referência à religião. Segundo a polícia, todos esses crimes foram cometidos contra pessoas e comunidades praticantes de religião de matriz africana.
A Polícia Civil também reforçou a importância dessas denúncias contra crimes de intolerância religiosa, relembrando a história do Quebra de Xangô, evento de intolerância religiosa que aconteceu no dia 2 de fevereiro de 1912.
Nesse mesmo dia, Tia Marcelina, a mais conhecida mãe de santo de Alagoas, morreu após os ataques da milícia da época que invadiu o terreiro e quebrou toda a estrutura do local.
De acordo a delegada, Rebecca Cordeiro, o nome da delegacia é um marco histórico e faz uma homenagem a uma das figuras mais importantes das religiões de matriz africana, reafirmando o compromisso de garantir que os casos de intolerância religiosa sejam investigados e combatidos
"O crime de intolerância religiosa é um crime que atenta diretamente à liberdade de crença garantida pela Constituição Federal e atinge principalmente aos adeptos das religiões de matriz africana. Por isso, muitas vezes, ele é chamado de racismo religioso, quando é voltado contra essas comunidades. Na verdade, se você verificar, não se nota contra outras religiões que não cultuam o Deus cristão, uma animosidade tão grande quanto a que vemos dirigida às religiões de matriz africana", pontuou a delegada.
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