Mulher que disse que filho morreu após cabeçada de cabrito é indiciada por homicídio
Padrasto da criança, que já está preso, também foi indiciado.

A mãe do bebê de 1 ano e quatro meses morto em agosto deste ano na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba, foi indiciada por homicídio nesta quarta-feira (19). De acordo com o delegado Cristiano Santana, responsável pelo caso, além do padrasto, que já está preso, a mulher foi incluída no inquérito após as investigações revelarem que a criança vinha sendo agredida há algum tempo.
O delegado informou que é importante ressaltar que a conclusão do inquérito deixa claro que a criança não morreu após engasgar ou ser atingida na cabeça por um cabrito, como relatou a mãe do bebê, Amanda Serafim da Silva, de 19 anos, em duas versões dadas à polícia.
O laudo pericial feito pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol) reforçou a suspeita de que o padrasto, Márcio José Silva Tavares, de 30 anos, agrediu e matou o enteado. O crime aconteceu no dia 5 de agosto.
O delegado disse que, além do documento que reforça a suspeita de que foi o padrasto que matou a criança, após ouvir familiares e colegas de trabalho da mãe e do suspeito durante as investigações, foi constatado que o bebê já havia sido agredido outras vezes.
De acordo com o laudo, a lesão encontrada no baço da criança leva rapidamente à morte e o menino não sobreviveria até o dia seguinte (domingo), quando foi levado para o Hospital Geral de Queimadas.
“O mais interessante é que o laudo mostra que a lesão da criança foi causada no domingo e não no sábado como a mãe tinha dito e por isso ele não teria como sobreviver. Ele não especifica com que objeto o ferimento foi causado, mas diz que foi um meio contundente, como uma forte pancada”, disse o delegado em outra ocasião.
O delegado informou que o padrasto continua preso na Cadeia Pública de Queimadas. O inquérito policial e o relatório final com o indiciamento do homem e da mãe do bebê será encaminhado para a Justiça.
Entenda o caso
Márcio José Silva Tavares, de 30 anos, foi preso no dia 10 de agosto suspeito de espancar e matar o enteado de apenas 1 ano e 4 meses de idade, em Queimadas. Segundo o delegado Cristiano Santana, ele teria ameaçado a companheira e mãe da criança para que ela não contasse sobre o crime.
Na delegacia, a mulher contou que estava sendo ameaçada. Segundo ela, o filho estava chorando muito, ela tentou acalentar a criança, mas não conseguiu. O padrasto arremessou o menino ao chão e começou a chutá-lo. Um dia depois, ela negou essa versão e voltou a afirmar que a morte do filho foi causada por uma cabeçada de um cabrito perto da casa onde morava, no Sítio Capoeira. Davi Luca morreu após ser levado ao Hospital Geral de Queimadas.
Veja também
Últimas notícias

Trump assina decreto que implementa tarifa de 50% sobre o Brasil

Alfredo Gaspar comenta sanção dos EUA a Moraes e alerta para risco do tarifaço

Avião da Esquadrilha da Fumaça cai após colidir no ar durante treinamento

PM apreende mais de 5kg de drogas e colete balístico durante operação no Bom Parto

Prefeitura disponibiliza edital de licitação de obras do Mercado da Produção

Alagoas terá 16 novos peritos médicos nas Agências da Previdência Social
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
